Pedalando para o infinito e além!

Postado em 13/02/2014 às17:00
“Montado num cavalo-ferro... Vivi campos verdes, me enterro. Terras Trópico – Americanas. Trópico - Americanas” – Cavalo-ferro.
A música é de autoria de Fagner e Ricardo Bezerra, está no disco “Ednardo – Ingazeiras - Pessoal do Ceará”, mas que deveria ter sido intitulado de “Meu corpo, minha embalagem, todo gasto na viagem”, frase de Augusto Pontes. Ele tem a cara da juventude cearense que fazia e acontecia na década de 1970.
Sempre que a escuto vem aquela vontade de sair cantando “Montado num cavalo-ferro!!”. É a vontade de liberdade, a vontade de mudar o velho mundo e de me fazer ouvir... Ou simplesmente fazer diferente. O cavalo-ferro acho que dá para entender que é a motocicleta, símbolo de liberdade da juventude do rock and roll. Para mim, a música se adaptou ao tempo e ao desejo de liberdade da minha juventude, ou mesmo o meu desejo.
Hoje ele tem uma cara mais magrinha e movida a arroz e feijão.
É a bicicleta.A bicicleta é o meu cavalo ferro! Onde fico pensando “E no meio de tudo, num lugar ainda mudo... Concreto ferro, surdo e cego. Por dentro desse velho, desse velho. Desse velho mundo”.
Ela é a personificação do que quero e o que não quero. Não quero ser problema social, não quero estar no engarrafamento dentro de um carro e ser mais uma causadora de problemas. Quero ser solução, quero me mover, quero ir contra todo esse concreto e toda essa poeira que insiste em deixar as pessoas cegas e ter o direito e até não gostar do sons das serras que derrubam árvores, ou britadeiras que furam a terra e acabam deixando as pessoas surdas, burras e desejando um progresso que mais parece retrocesso.
A juventude se adapta à realidade, mas carrega dentro de si sempre a vontade de ser livre.
E você? No quê mais sente liberdade?
Jessika Thaís, colaboradora da Revista Fazer o bem